quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

 O que é Antroposofia?

A ANTROPOSOFIA como próprio nome diz significa:

Antrophos + Sophia ( estudo do homem ). É um método de conhecimento da natureza do ser humano e do universo que amplia o conhecimento obtido pelo método cientifico convencional.

Rudolf Steiner (1861-1925) introduziu a Antroposofia e deixou contribuições em diversos campos do conhecimento humano como medicina, pedagogia, agricultura, organização social, artes e terapias.  Preencheu o abismo entre a fé e a ciência, oferecendo uma cosmovisão diferenciada com repercussão em vários continentes. Cursou a escola politécnica de Viena e sua tese de doutorado foi sobre a Teoria do Conhecimento de Fichte. Editou e organizou as obras de Goëthe. Em Dornach (Suiça), construiu a sede da Sociedade Antroposófica, mais tarde, a sede da Escola Livre de Estudos Antroposóficos. Sua obra contém cerca de 40 livros publicados e muitas palestras agrupadas em 320 volumes. Incompreendido em sua época lançou sementes para o futuro que proliferaram por todo o mundo. 

As leis biográficas

O desenvolvimento da biografia ocorre no aspecto biológico entre crescimento e declínio. O desenvolvimento emocional entre extroversão e introversão. O desenvolvimento espiritual entre criatividade e sabedoria.

Podemos representar o curso da vida por parábolas que são curvas geométricas que saem de um ponto e voltam para outro ponto no mesmo nível, sendo que o aspecto biológico é caracterizado por crescimento, amadurecimento e declínio. Toda polaridade tem um ponto de equilíbrio que é a saúde.

A parábola inversa tem a ver com aspecto espiritual como a escolha de valores, sentido e realização de vida. Individualidade vem do espiritual, não do terreno. Transita entre a criatividade e a sabedoria e tem como ponto de equilíbrio a plenitude de vida.

Permeando estes dois aspectos está o desenvolvimento emocional vivenciado em pensamentos, sentimentos e ações. É uma curva de idas e vindas. Ligada à extroversão e introversão como qualidades da alma e quando conquista-se o equilíbrio, encontra-se paz de espírito.

Somos, portanto o fruto de 3 grandes forças: a força do desenvolvimento biológico (físico), do desenvolvimento psíquico (emocional) e do desenvolvimento espiritual.

 

 A força física ( biológica ) é a primeira grande fase e vai dos 0 aos 21 anos.

 A força emocional (psíquica) vai dos 21 aos 42 anos.

A força espiritual dos 42 anos em diante.

 A cada grande fase é subdividida em pequenos ciclos de sete em sete anos, os setênios.

Cada fase da vida tem uma característica própria, um propósito. Aceitá-lo é um dos problemas essenciais relacionados à vida.

O desafio de cada um de nós é trilhar o caminho por um deserto desconhecido na busca de um sentido.  

Dos 0 aos 21anos é a fase do desenvolvimento físico. Fase do aprender. Aprendemos com a luta dos adultos, com a família, com a escola e com os amigos.

Dos 21 aos 42 anos é a fase do desenvolvimento emocional. Começamos aprender a lidar com as próprias emoções. É o palco de nossas lutas internas e externas. Aos 21 anos vivemos a crise de identidade com o nascimento do Eu e temos a possibilidade de construir um caminho através de autoeducação e a possibilidade de ser o condutor da própria vida. 

Dos 42 anos em diante chegamos à crise de autenticidade com a possibilidade de fazer novas escolhas em relação ao caminho a seguir, caminho este que deve estar imbuído dos próprios valores e o sentido que a vida tem para cada um. É a possibilidade de autodesenvolvimento. As forças vitais estão em declínio favorecendo a ampliação da consciência, de seguir um caminho mais espiritualizado, em relação ao sentido da vida.

Sabemos que a arte de viver é ter sempre a possibilidade de fazer perguntas. Responder a elas está na nossa liberdade. Os incômodos são sentidos ao longo da vida e o corajoso é poder perceber e compreender o que está acontecendo. Aí está a liberdade. Esta é a energia básica da alma, a possibilidade de fazer escolhas respondendo às perguntas. A alma sempre pede por consciência.

Os chineses dizem que temos 20 para aprender, 20 para lutar e 20 para nos tornarmos sábios. Como homens modernos, vivemos numa sociedade materialista, com explicações lógicas para tudo, mas a lógica nem sempre explica tudo. Temos necessidade de encontrarmos nossas próprias respostas e podemos encontrá-las com uma visão humanista que dá sentido à existência.

A cada sete anos a vida traz possibilidade de mudanças com características diferentes:  

No I setênio (0 aos 7 anos), o desenvolvimento físico se faz da cabeça aos pés seguindo o amadurecimento do sistema nervoso central (SNS) onde o mundo externo exerce grande influência, por isso, como grande imagem a criança desta fase deveria viver “o mundo é bom”, íntegro, caloroso, amoroso. Desta forma desenvolve o sentimento de confiança, sentir-se una com o mundo e emanar gratidão na idade adulta. Esta é a fase da base da saúde física. 

No II setênio (7 aos 14 anos), as relações começam acontecer principalmente na escola onde a educação deveria priorizar “o mundo é belo” no sentido de um ritmo adequado de contração e expansão permeado de arte, religiosidade. O sistema rítmico (coração e pulmão) está se desenvolvendo. Desta forma desenvolve-se sentimento fraterno, respeito e solidariedade. Esta fase é base para saúde social

No III setênio ( 14 aos 21 anos) amadurece o sistema metabólico motor (SMM) e a jovem tem a sensação de poder mudar o mundo a partir de seus ideais. A vivência de “o mundo é verdadeiro” contribui para uma base espiritual futura além de trazer esperança para os jovens. 

Aos 21 nasce o Eu e com isso a crise de identidade. O jovem tem que tomar conta de si. A pergunta a ser respondida é: Quem sou eu? O que eu faço com tudo isso que aprendi até agora? 

O jovem no IV setênio (21 aos 28 anos) está na alma da sensação, vivendo a infância da alma, aprendendo a lidar com a vida a partir de seus sentimentos, ações e pensamentos. Ele está experimentando a vida como marinheiro de primeira viagem, sem saber onde tudo isso vai dar. Normalmente tem muitas habilidades técnicas, mas não tem experiência ainda o que o torna inseguro e lábil emocionalmente.

Entra no V setênio (28 aos 35 anos), alma da razão e da índole. Tem-se a sensação de que a vida ficou mais séria e a necessidade de ter que dar um rumo a ela. Forças do sentimento e razão precisam ser integradas para que não se torne “todo poderoso” e “dono da verdade”. 

No VI setênio (35 aos 42 anos), alma da consciência. As forças vitais começam a decair e, portanto, a consciência começa a ampliar. tem-se a sensação deda finitude da vida. Pergunta -se: qual o sentido que a vida tem? Qual é o meu propósito?

No VII setênio (42 aos 49 anos), alma da imaginação. Entra-se em uma fase de busca de maior autenticidade. Quem eu sou realmente? Quais são meus reais valores? Que ideais deixei para traz? Começa-se a olhar a vida por um outro ponto de vista, mais genuíno.

No VIII setênio (49 aos 56 anos), alma inspirativa. Cada vez mais busca-se o essencial deixando o supérfluo de lado entrando em um novo ritmo e novo projeto de vida. A vida se torna mais inspirativa e a beleza vem de dentro com valores construídos por sua história de vida. As forças de reprodução estão disponíveis para uma nova criatividade na maneira de sentir a vida. 

No IX setênio (56 aos 63 anos), alma intuitiva. O essencial na vida é fundamental de ser observado e vivenciado com bom humor e alegria. É necessário encontrar nova maneira de viver já que os sentidos físicos começam a se fechar para o mundo externo trazendo possibilidade de abrirem se interiormente. Vive-se com a pergunta: o que é necessário fazer? A que sou grata hoje?

E a vida continua sempre oferecendo possibilidades de mudanças cuja tônica sempre é discernir o essencial do acessório mantendo bom humor, alegria e gratidão e amor. 

O caminho biográfico transcorre no tempo onde o presente é um presente a ser reconhecido. O  passado não pode ser mudado, é intransferível  e  deve ser integrado. A partir da compreensão das leis biográficas e da minha própria história posso dar novo significado à minha vida e, portanto, fazer escolhas diferentes para o futuro.

Dr. Edward Bach(1886-1936) foi um médico inglês que viveu dentro de laboratórios e hospitais pesquisando e observando o ser humano nas diversas manifestações das doenças e o comportamento por trás delas. Ele percorreu um caminho em direção ao sutil, sendo inicialmente alopata, bacteriologista, imunologista, homeopata e, por fim herbalista. Reconheceu que as causas verdadeiras das doenças residem na alma humana.Ele dizia que toda doença é uma manifestação física da falta de harmonia provocada por uma situação emocional e, convenceu-se de que a natureza, em sua perfeita harmonia oferece as plantas necessarias para restabelecer o equilíbrio em todos os seres.

Ele foi o primeiro na descoberta de 38 essências florais conhecidas mundialmente como FLORAIS DE BACH.

No seu livro:"Cura-te a ti mesmo"escreveu sobre a maneira de pensar a vida e a relação com a saúde.

Como homem de seu tempo, inquieto com o rumo da medicina tradicional, comungou das mesmas ideias que existiam na época e deixou a sua contribuição para a cura através da terapia floral.

O aconselhamento biográfico ao cuidar da alma do ser humano é  preciosamente auxiliado pelas essências florais.

Cada indivíduo é único e cada queixa possui uma particularidade que deve ser observada dentro do contexto biográfico de cada um.

As duas terapias se auxiliam e se complementam.

Após compreensão de sua fase de vida e dos padrões de crença aos quais está habituado a pensar, sentir e agir, as essências florais encorajam a transformação de qualidades negativas ou inferiores da alma em virtudes e facilitam o caminho de autodesenvolvimento.  

Para Rudolf Steiner assim como para Dr. Bach a doença do corpo é o resultado de algo mais profundo. Cada cliente por meio da compreensão de sua fase de vida e auxiliado pelos florais busca a  harmonia entre corpo, alma e espírito em direção à própria cura, em direção à saúde. 


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

CURSO: HISTÓRIA DE VIDA por meio das FLORES de Bach



     Uma proposta inovadora que reúne Antroposofia e os Florais de Bach.

Todo ser na natureza vivencia um processo cíclico que nenhum homem caminha para o despertar da consciência.

Por meio da forma, cor e ciclo de desenvolvimento da planta pode-se identificar sua relação com o modo de ser e fazer do ser humano. 

Esta habilidade associada ao estudo da biografia humana que utiliza a observação sistemática das fases da vida permite a compreensão das vivências e transformações vívidas, assim como as outras, tornando-nos facilitadores do processo de desenvolvimento, conhecimento e cura.

A infância é uma fase que segue ao nascimento e a fase da maturidade é uma fase que antecede a morte. Nessa polaridade entre vida e morte encontramos a infância com as forças da vitalidade e a vida adulta com as forças da consciência.

Ao longo de nossas vidas vamos nos transformar em forças de vitalidade em forças de consciência, uma das principais leis que regem a vida humana.

Forças de consciência são forças de vida metamorfoseadas.


Como direcionar as forças específicas na infância para que uma criança se torne um adulto consciente? 

Por outro lado, a lei de desenvolvimento nos diz que quanto mais consciência, menos vitalidade. 


Mas, o que é ser adulto?

Essa resposta pode ser encontrada pelo estudo das leis biográficas e pela observação do gesto essencial da planta.



Proposta
1- Facilitar a compreensão da própria história de vida e do processo de transformação a partir da observação das leis que regem o desenvolvimento físico, emocional e espiritual do ser humano, segundo a Antroposofia.

2- Reconhecer no gesto das plantas do Dr. Bach como que mais se aproxima do arquétipo de cada fase da vida como ferramenta para facilitar a compreensão desse processo evolutivo.

3- Proporcionar condições para a ampliação de si e do outro.

Como
  • Estudo da lei biográfica
  • Escolha de uma planta cujo gestual mais se aproxime do setênio treinado
  • Observação da planta
  • Analogia entre o setênio treinado e o gesto da planta
  • Tarefa entre encontros por meio de perguntas que norteiem a reflexão e que favoreçam a roda de conversa
Vivencia
  • Escrita do setênio
  • Atividade artística
  • Roda de conversa
O CURSO "HISTÓRIA DE VIDA POR MEIO DAS PLANTAS" é um caminho de autoconhecimento e autodesenvolvimento oferecido a educadores, terapeutas e a todo aquele que busca uma maior compreensão da vida.  



 "Se queres conhecer o mundo, olha primeiro o teu coração.
Se queres conhecer a ti mesmo, dirige teu olhar para o Universo."
R.Steiner