O DESENVOLVIMENTO DA FLOR DE LOTUS DE 16 PÉTALAS
Rudolf Steiner indicou exercícios para cada dia da semana para a abertura do chacra laríngeo e se refere à flor de lótus de 16 pétalas. As flores são órgãos sensoriais da alma.
Das 16 pétalas da flor de lótus da laringe, oito já estão desenvolvidas mas, as outras oito devem ser desenvolvidas por meio de exercícios conscientes e, assim a flor de loto se torna luminosa e começa a girar. São 8 exercícios.
São oito exercícios.
PARA OS DIAS DA SEMANA -Rudolf Steiner
O Homem deve dedicar atenção e cuidado a certos fenômenos anímicos que costuma realizar sem prestar-lhes atenção.
O melhor é, por exemplo durante oito ou quinze dias, dedicar-se cada dia apenas a um exercício. Pode-se também fazer um exercício diariamente começando pelo sábado.
O oitavo exercício, que dura uns cinco minutos, deveria ser feito todos os dias. Essa é uma maneira de trilhar um caminho interior em busca de auto desenvolvimento.
SÁBADO
Prestar atenção às representações
mentais (pensamentos). Ter somente pensamentos relevantes. Aprender paulatinamente a distinguir nos pensamentos
entre o essencial e o acessório, entre o eterno e o efêmero, entre a verdade e
a mera opinião.
Ao escutar o discurso do próximo, procurar ficar totalmente
quieto no interior e renunciar a todo consentimento, mas principalmente, a todo
julgamento negativo (crítica, negação), também nos pensamentos e sentimentos.
Isso é a chamada “opinião certa”.
DOMINGO
Decidir-se, mesmo nos atos
mais insignificantes, somente com base de uma ponderação total. Afastar
da alma todo agir impensado, todo fazer desprovido de significado. Deve-se ter, para tudo, razões bem ponderadas. Deixar de fazer aquilo que carece
de um motivo significativo.
Se, estamos convencidos da retidão de uma decisão tomada,
devemos ater-nos a ela, com toda firmeza de ânimo.
Isso é o chamado “juízo certo”, que não depende de
simpatia ou antipatia.
SEGUNDA
A
fala. Dos lábios de quem aspira a um desenvolvimento superior, só deve
emanar o que tiver sentido e significado. Todo falar só para falar – por
exemplo, com a intenção de fazer passar o tempo – é, nesse caso,
prejudicial.
Devemos
evitar o tipo comum de conversa onde se fala de qualquer assunto numa mistura
inconsequente; de outro lado não devemos excluir-nos da convivência com nossos
próximos. É justamente ao contato com os outros que a conversa deve assumir
caráter de significância.
Que se dê resposta a qualquer interlocutor, mas de
forma pensada, em todos os sentidos. Nunca falar sem ter motivo. Gostar de
silenciar.Tentar falar nem demais, nem de menos. Primeiro escutar e depois
digerir.
Esse exercício chama-se também “a palavra certa”.
TERÇA
As ações exteriores não devem perturbar o nosso próximo. Quando nosso intimo (consciência
moral) nos leva a agir, devemos ponderar cuidadosamente sobre a melhor maneira
de corresponder ao bem de todo, à felicidade permanente do próximo, à essência
eterna.
Quando atamos a partir de nós mesmos, por iniciativa
própria, ponderar de antemão a fundo os efeitos da nossa atuação.
Isso é também denominado de “a ação correta”.
QUARTA
A organização da
existência. Viver de acordo com a natureza e com o espírito, não deixar se
absorver pelas futilidades da vida exterior. Evitar tudo o que traz inquietação
e pressa.
Não atuar apressadamente, mas tampouco ficar indolente.
Considerar a vida como um meio para o
trabalho, a atividade, para a elevação e agir de acordo.
Fala-se também, nesse sentido, de “o ponto de vista certo”.
QUINTA
A aspiração humana.
Devemos ter o cuidado de não empreender nada que esteja além de nossas forças,
mas tampouco deixar de fazer o que está dentro de nossas possibilidades.
Olhar para além do imediato e do dia a dia; fixar metas
(ideais) para si próprio, relacionadas com os deveres mais elevados do homem.
Por exemplo: procurar desenvolver-se por meio dos exercícios indicados, a fim
de poder depois ajudar e aconselhar o próximo mais intensamente, mesmo que isto
não se dê num futuro imediato.
O que foi dito também pode ser resumido em: “transformar todos os
exercícios precedentes em hábitos”
SEXTA
A aspiração de aprender
da vida o mais possível. Nada acontece conosco que não nos dê a
oportunidade de obtermos experiências úteis para a vida. Se fizermos algo
de forma errada ou incompleta, isso será um pretexto para fazermos, mais tarde,
algo semelhante, mas de maneira mais correta e perfeita.
Vendo outros agirem, devemos observá-los em seu caminho a um
objetivo semelhante (embora sempre com um olhar carinhoso). Não devemos fazer
nada sem antes lançarmos um olhar retrospectivo às nossas próprias vivências,
que podem ser de ajuda em nossas decisões e realizações. Se estivermos atentos,
podemos aprender muito com qualquer pessoa, inclusive com crianças.
Este
exercício também é chamado “memória certa”,
isto é, lembrar-se das experiências por que passamos.
RESUMO (8º)
De vez em quando, olhar o próprio interior, nem que seja
durante cinco minutos por dia, sempre à mesma hora. E, ao fazê-lo,
aprofundar-nos em nós mesmos, apreciar cuidadosamente, examinar e formar as
normas de nossa existência, analisar mentalmente nossos conhecimentos – ou o contrário, se for o caso -, ponderar nossos
deveres, refletir sobre o conteúdo e a verdadeira finalidade da vida, sentir um
autêntico desagrado a respeito de nossos defeitos e imperfeições.
Numa palavra:
cabe-nos descobrir o essencial, o duradouro, e levar a sério as metas
correspondentes, por exemplo, a de adquirir determinadas virtudes (não devemos
incorrer no erro de pensar que realizamos algo de forma perfeita, mas sim
aspirar sempre a algo mais elevado de acordo com os mais altos ideais).
Esse exercício também é chamado “a contemplação correta”.